" (...) Autodidata, José Fernandes permite a primazia de conhecer
profundamente a sua trajetória. Além das conceituações relevantes de
composições campesinas e as tantas outras com cheiro de mar, José Fernandes
está sendo ousado. Talvez comemorando o centenário do nosso maior escritor, o
pintor surpreende ao pinçar dos romances, figuras que surgem das esquinas do
Pelourinho, carregando na expressão imagens de desalento e ilusão, retrato que
abrigou os becos do hoje roteiro turístico da querida Salvador.
Jorge Amado surge nos retratos do que se pode deduzir como
suas criaturas, refletindo a alma de escondidas verdades já expressas na
literatura fluente, real, que se materializa colorida nas pinceladas desta nova
fase de José Fernandes.
O pintor também não deixa passar sua ligação com elementos
que compõem os labirintos do sertão. Assim, o artesanato de couro
característico da região, sob o comando do pincel, reveste cabeças masculinas e
femininas, surgindo coloridos cangaceiros, remetendo-nos à era virguliana, mais
uma vertente da produção se afinando com o também centenário de Lampião, lenda
viva cujas histórias ecoam pelas catingas e estradas poeirentas do sertão de
Sergipe, dormitando na Grota de Angico aonde findou um ciclo de história e
estórias".
-Foto e informações: Assessoria de Imprensa
*Foto e texto reproduzidos do site: infonet.com.br/cultura/
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