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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Passarela do Caranguejo, Orla da Atalaia, em Aracaju

Foto postada por Eduardo Luiz Silva no site
 viajamos.com.br  e reproduzida aqui.

A Passarela do Caranguejo
Por brasilsabor.com.br

Nada mais apropriado que os moradores de uma cidade construída sobre um manguezal escolham o caranguejo como tira-gosto favorito. A paixão dos aracajuenses pelo crustáceo é tamanha que existe até um local na cidade destinado ao seu consumo.
A Passarela do Caranguejo é um trecho da Avenida Santos Dumont, no final da Praia de Atalaia, onde se concentram inúmeros bares especializados no preparo de caranguejo. De ambientação simples e informal, os estabelecimentos são frequentados tanto por aracajuanos em horários de folga quanto por turistas em visita a cidade. Apesar do intenso movimento durante o dia, é com o cair da noite que o local vira uma alegre muvuca. Garotas arrumadas desfilam de olho nos rapazes; casais de namorados se divertem martelando as patinhas do crustáceo; pais, avós e crianças se agrupam em mesas compridas. Em meio ao colorido espetáculo, os garçons não param de circular um minuto por entre as mesas, servindo os crustáceos e recolhendo suas carcaças.
O pedido mais popular da passarela é o caranguejo cozido em água e sal. Para saboreá-lo, o garçom entrega ao cliente uma pequena prancha de mármore e um martelinho de madeira. Caso seja um iniciante no assunto, o freguês deve pedir um babador para evitar sujar a roupa. Em seguida, inicia-se a operação de martelar as patas do crustáceo e pinçar sua carne com as mãos. Para melhorar o gosto, tempere-o com gotas de limão e pitada de sal.
Mas os bares oferecem muitas outras receitas e caranguejo. Há casquinhas, patinhas à milanesa, fritadas, moquecas, pastéis, e empadas. Outra tradição da passarela são as dezenas de vendedores de amendoim e de castanhas. Equilibrando sacos imensos sobre a cabeça, os ambulantes oferecem o produto, e fazem brincadeiras com seus supostos poderes afrodisíacos.
Com conversa regada à cerveja gelada ou caipirinha de frutas regionais, é comum que os frequentadores da Passarela do Caranguejo tomem gosto e viciem no ato de martelar as patinhas. Depois de algumas visitas, o cliente fará como os nativos: ao se assentar, irá logo pedindo uma panela imensa com uma dezena de caranguejos. Minutos depois, com a bacia de plástico lotada de carcaças, chamará o garçom para dizer: “Foi pouco. Por favor, mais dez”.

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